A música brasileira e principalmente a Bossa Nova estão em alta por aqui e também pelo mundo afora. E isso é muito bom e absolutamente merecido. No dia 20 de novembro, o violonista, guitarrista, produtor e arranjador Roberto Menescal recebeu uma das maiores honrarias da música mundial, o “Prêmio à Excelência Musical”, em cerimônia de gala realizada na cidade de Las Vegas, no Four Seasons Hotel Las Vegas. Um dia antes da 14ª. Entrega Anual do Latin Grammy. Referido prêmio é definido pelos votos dos membros da Junta Diretiva da Academia Latina da Gravação, que é responsável pelas premiações do Grammy Latino, e que é concedido àqueles que tenham dado contribuições criativas de extraordinária relevância artística no campo da música. Ao seu lado, foram agraciados também, com o mesmo prêmio, o cantor venezuelano Oscar D'Leon, o contrabaixista cubano Juan Formell, a cantora colombiana Totó La Momposina, o cantor argentino Palito Ortega, o maestro porto-riquenho Eddie Palmieri e o cantor espanhol Miguel Ríos. Com a sua simplicidade peculiar, Roberto Menescal declarou, antes de embarcar para os Estados Unidos: “Recebo esse prêmio como mais um presente importante e com muita surpresa. Tudo o que faço na música e pela música é de forma natural, sem pensar em recompensas, mas quando chega um reconhecimento, como esse, fico muito feliz”. Também não é para menos. Lá se vão mais de 50 anos de carreira, mais de 400 composições, mais de 30 lançamentos entre LPs e CDs e uma lista de 10 DVDs, que comprovam a sua intensa competência na arte de criar. É, sem dúvida, um dos músicos de maior atividade no país e que leva a nossa música por todos os cantos do planeta, como um autêntico embaixador. O selo Albatroz, criado por Menescal e pelo produtor Raymundo Bittencourt, é referência mundial de lançamentos do gênero Bossa Nova e tem um acervo musical importantíssimo. A suas músicas “Nós e o Mar”, “Rio”, “O Barquinho”, “Você”, “Bye Bye Brasil”. “Amanhecendo”, “A Volta” e “Bênção Bossa Nova”, são verdadeiros hinos para mim. Prova da sua constante evolução foi o raro encontro no ano de 2008 com o guitarrista Andy Summers (The Police), que originou o belíssimo DVD “United Kingdom Of Ipanema” – o “making of “ deste DVD é emocionante histórico. E “Menesca”, como é carinhosamente chamado, enfatiza: “A Bossa Nova está mais viva e renovada do que nunca!”. E não é que ele tem razão! Parabéns, grande Menesca !
A Rádio Jornal da Orla/ Digital Jazz, depois de 2 anos de vida, começa a se tornar referência natural também para os músicos. Com muita honra. Um bom exemplo disso, é que, dias atrás, recebi através do portal da rádio, um e-mail do jovem baterista paulistano Billy Ponzio, que está lançando seu primeiro CD solo, de forma independente, com 16 faixas. E, para minha grande surpresa, encontrei um dos CDs mais interessantes dos últimos tempos, repleto de feras do jazz paulistano. São eles: Tito Martino, Hector Costita, André Busic, Carlos Lima, André Juarez, Ari Giorgi, Luchin Montoya, Adriano de Carvalho, Ciddy Junior, Zé Weber e Zeca Araujo. O repertório é sensacional e foi escolhido democraticamente, retratando as diversas fases e escolas do Jazz. Cada convidado sugeriu seu tema preferido e o disco foi ganhando corpo a cada tema, a cada arranjo. A sonoridade da bateria e do washboard (uma tábua de lavar roupas percussiva) de Ponzio é incrível e surpreendente, deixando de forma muito evidente o seu grande talento e inventividade. Destaco os temas clásicos: “Sweet Georgia Brown”, “Out Of Nowhere”, “Moonglow”, “Just Friends”, “Memories Of You” e os inéditos “Pistão, Tambor & Cowbells”, “Blues For Nêgo”, “Costa`s Blues” e “The Drum Moment”. Este é um CD que merece ser descoberto e curtido intensamente por todos nós, além de ser um registro histórico, por reunir tantos nomes importantes do Jazz do Brasil.
http://www.billyjazzfriends.com/
Postado em: 25/11/2013
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