Roberto Menescal - 50 anos de Bossa Nova

Roberto Menescal - 50 anos de Bossa Nova
A história da Bossa Nova está intimamente ligada a vida e a carreira do guitarrista, compositor, arranjador e produtor Roberto Menescal, um dos sócios fundadores do movimento.
Em 2008, coincidentemente “Menesca” e o movimento completaram 50 anos de música e para comemorar esta data tão especial, ele resolveu gravar ao vivo em Belo Horizonte no Teatro Chevrolet Hall um belíssimo DVD, lançado pela sua própria gravadora, a Albatroz Music.
No palco contou com a presença de seus cúmplices Adriano Souza  no piano, Adriano Giffoni no contrabaixo, João Cortez na bateria e seis convidados muito especiais: Danilo Caymmi, Emílio Santiago, Leila Pinheiro, Pery Ribeiro, Wanda Sá e Miele.
O resultado não poderia ser diferente: uma grande celebração com música da melhor qualidade.
Seus temas principais e suas parcerias foram lembrados, principalmente com Ronaldo Bôscoli (seu maior parceiro) e também com Lula Freire, Joyce e Chico Buarque.
Você vai poder ouvir e se emocionar com Danilo Caymmi em “Nós e o Mar”, com Wanda Sá em “Rio”, com o saudoso Pery Ribeiro em “O Barquinho”, com Leila Pinheiro em “Nara”, com Emílio Santiago em “Você” e com todos eles juntos em “Bye, Bye, Brasil”, numa verdadeira apoteose. São os meus destaques.
O curioso é que Roberto Menescal é um dos músicos mais ativos e atuantes da atualidade. E isso é muito bom de saber. Ele cuida da sua carreira pessoal bastante ativa e também encontra tempo para participar de projetos com outros artistas e principalmente dos novos talentos, que buscam nele inspiração e uma obrigatória “benção”, que nem sempre acontece.
Com certeza encontremos sua música por aí nos próximos 50 anos para sorte de todos nós. E é outra prova inegável de que a Bossa Nova é sempre nova, como já disse algumas vezes por aqui.

 

 

Durval Ferreira – Batida Diferente
 
O saudoso violonista Durval Ferreira, conhecido no meio musical como “Gato” pelos seus olhos azuis, foi um dos compositores e intérpretes da Bossa Nova menos festejados e um dos mais injustiçados.
Compôs uma centena de temas importantes para a Bossa Nova e por incrível que pareça somente no ano de 2004 conseguiu gravar seu primeiro trabalho solo, três anos antes do seu falecimento.
O nome do trabalho não poderia ser outro, “Batida Diferente”, que foi um de seus maiores sucessos, lançado pelo Selo Guanabara para comemorar os seus quarenta anos de carreira. E o seu envolvimento no projeto foi total. Assinou como Produtor, Diretor Artístico, Violonista, Arranjador e intérprete de seu próprio trabalho.
Sua batida no violão é marcante e está presente em todas as treze faixas do Cd, instrumentais e cantadas. Não foi uma tarefa fácil definir o repertório e da mesma forma selecionar seus grandes amigos que participaram das gravações, entre eles: Leny Andrade em “Vivendo de Ilusão”, Claudio Roditi em “Batida Diferente”, o também saudoso Marcyo Montarroyos em “Chuva”, Osmar Milito em “Estamos Aí” e “Tristeza de Nós Dois”, Bebeto Castilho em “Moça Flor” e até sua filha Amanda Bravo em “Nostalgia da Bossa”. 
Ao ouvir “Batida Diferente” você vai sentir um delicioso sabor de nostalgia e ao mesmo tempo de modernidade. Justa homenagem a este grande nome da Bossa Nova, que passou muitos anos à sombra do seu talento.

 

Um Cantinho, Um Violão e Bossa Nova

A frase é conhecida. Os temas escolhidos também. Porém as gravações são inéditas e feitas no clima característico da Bossa Nova. Uma atualização criativa e de extrema qualidade.
Lançado em 2008 pelo Selo Som Livre, o Cd festeja os 50 anos do movimento reunindo uma constelação de estrelas num formato para lá de intimista.
Os temas “Ela é Carioca” com Daniel Jobim e Ricardo Silveira, “Samba de Verão” com o genial Marcos Valle (num raro momento voz e violão), “Amanhecendo” com Emílio Santiago e Roberto Menescal  e “Chega de Saudade” com Os Cariocas, Danilo Caymmi e Eloy Vicente, surpreendem bela beleza e sensibilidade.
Também estão no projeto Leila Pinheiro e Guinga, Nana Caymmi e Hélio DElmiro, Joyce, Carlos Lyra, Kay Lira e Maurício Maestro, Mônica Salmasso e Dori Caymmi, Miúcha, Paulo Jobim e João Lyra entre outros nomes de peso.
Não é uma tarefa fácil renovar o gênero depois de João Gilberto ter revolucionado a nossa música quando gravou “Chega de Saudade” em 1958.
Este disco prova que com critério e talento podemos dar uma nova roupagem a esses clássicos imortais. Valeu à pena.
 
 

Postado em: 02/05/2012

 


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