O RIO-SANTOS JAZZ FEST vem para defender e reforçar, em nossa cidade e região, “as virtudes do Jazz como instrumento educativo e como força de paz, de diálogo e cooperação entre os povos”, como muito bem definiu o seu patrono, o grande pianista Herbie Hancock.
O Jazz que nasceu nos Estados Unidos, na cidade de Nova Orleans, no início do Século XX, no encontro de ritmos africanos e a música dos americanos de origem europeia.
Ganhou merecidamente um dia só seu, para ser comemorado intensamente. Afinal, o gênero musical tornou-se uma linguagem universal.
No Brasil, o Jazz influenciou e continua a influenciar muitos dos nossos músicos e esteve muito bem relacionada, com a MPB, principalmente a Bossa Nova, gênero musical genuinamente brasileiro.
As origens do Jazz e da música brasileira são as mesmas, provenientes da cultura negra trazida pelos escravos africanos, originários das mesmas regiões da costa ocidental do continente africano.
Por que o Dia Internacional e Municipal do Jazz?
O Jazz quebra barreiras e cria oportunidades para entendimento mútuo e tolerância. É um vetor da liberdade de expressão, é um símbolo de união e paz, reduz tensões entre os indivíduos, grupos e comunidades, promove a igualdade de gênero, reforça o papel dos jovens para a mudança social, encoraja a renovação dos artistas, o improviso, as novas formas de expressão e inclusão de formas tradicionais de música em novas vertentes musicais. Estimula o diálogo intelectual e transforma jovens em sociedades marginalizadas.
Em 2016, as comemorações globais começarão na cidade de Washington D.C., nos Estados Unidos, onde será realizado um grande concerto. E as homenagens vão se espalhar por diversas cidades do planeta.
As cidades do Rio de Janeiro e Santos andaram juntas no desenvolvimento deste gênero, o que o público em geral desconhece.
Além de compartilhar este desenvolvimento musical, as cidades compartilham de cultura, hábitos, costumes e geografia muito similares.
A proposta do festival é trazer ao público santista o encontro e o intercâmbio de músicos, compositores, intérpretes e artistas locais com os da cidade do Rio de Janeiro.
A realização do festival justifica-se, pela facilidade de acesso, reverência histórica e ineditismo.
Em Santos, bem como no Brasil, nunca foi feito um festival voltado especificamente para aproximar as histórias do JAZZ vividas nas cidades do Rio de Janeiro e de Santos, que foram muito importantes para a construção da identidade do gênero no Brasil.
____________
· A coluna desta semana dedico ao meu querido e saudoso pai, Armando Veridiano Laranja, conhecido como "Tabelião Laranja".