O terceiro álbum do violonista, guitarrista, compositor e arranjador carioca Gabriel Improta, foi lançado pelo selo independente Kalimba em maio deste ano, na bela sala de espetáculos do Espaço Tom Jobim, localizado no coração do inspirador Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
O disco conta com 10 faixas numa clara referência ao “Samba Jazz”, ao Jazz e a vários ritmos bem brasileiros como o Choro, o Maracatu, o Samba e contou com as participações muito especiais de João Donato no piano e Raul de Souza no trombone, expoentes em seus instrumentos desde o início da Bossa Nova.
Vale destacar que Gabriel Improta se doutorou em 2015 em antropologia da música pela PUC-RJ, com a tese sobre o movimento dos anos 50 e 60, o “Samba Jazz”, que deriva da Bossa Nova e que foi muito cultivado principalmente nas boates da cidade do Rio de Janeiro.
Ele nasceu numa família musical e desde os 9 anos de idade tem contato com a música, primeiro no piano e depois no violão.
Já tocou e gravou com Caetano Veloso, Roberto Carlos, Maria Bethânia, Gal Costa, Paulo Moura, Francis Hime entre outros e é também diretor musical do grupo Garrafieira.
O músico se destaca pelos arranjos bem elaborados e pelos solos muito bonitos, que deram um toque muito especial ao trabalho que hoje aqui destacamos.
Participaram das gravações Rodrigo Villa no contrabaixo, Rafael Barata na bateria, Marcos Suzano na percussão, Marcelo Martins no saxofone tenor e flauta, Fabiano Segalote no trombone, Carlos Malta no saxofone barítono e soprano, Dirceu Leite no sax tenor, sax soprano, flauta, clarinete e clarone, Xande Figueiredo na bateria e a cantora holandesa Brancka nos vocais.
Destaque para os temas autorais “Choro Para McCoy”, “Rosa e Cravo” e “Bossa Lunar” e também “Passarim”, “Eu Vim da Bahia”, “7 Anéis”, “Férias no Acre” e a faixa título “Milagre”.
Outro disco primoroso que mostra toda a rica e inspirada produção da Música Instrumental Brasileira atual, e Gabriel Improta é um dos grandes nomes desta safra qualificada de músicos, que possuem um raro talento.