O som inesquecível de Glenn Miller

O som inesquecível de Glenn Miller

 

A “Era do Swing” que fez brilhar entre as décadas de 30 e 50 as incríveis “Big Bands”, é uma das fases do Jazz mais populares e admiradas pelo público. Eu também sou fã de carteirinha desta fase tão sonora, dançante e inspirada. 

Entre os anos de 1939 e 1944 a Orquestra do trombonista Glenn Miller (1904-1944) reinou absoluta. Curiosamente, começou como uma Orquestra Civil e depois se transformou  numa Orquestra Militar, em razão da 2ª. Guerra Mundial. A sonoridade e a  popularidade da sua orquestra são inquestionáveis.
E é bom lembrar que a concorrência na época não era de se desprezar: Tommy Dorsey, Harry James, Benny Goodman, Artie Shaw, Duke Ellington, Count Basie eram alguns dos “band leaders” de orquestras.
Considero Glenn Miller um caso à parte, talvez pelo acontecimento trágico que vitimou sua vida em 15 de dezembro de 1944, quando o pequeno avião que viajava da Inglaterra para França desapareceu  misteriosamente no Canal da Mancha. E nunca foi encontrado qualquer destroço ou vestígio do avião, levando ao surgimento de várias teses e estudos sobre o seu desaparecimento. 
Em 2004 foi lançado pelo Selo BMG o álbum comemorativo “Glenn Miller – The Centenial Collection”com um DVD/CD com imagens raras e uma seleção musical com as mais importantes interpretações da sua orquestra.
Traz convidados muito especiais como Duke Ellington, Benny Goodman, Coleman Hawkins, Artie Shaw e Fats Waller.
Na minha opinião, o tema de sua autoria “Moonlight Serenade”é uma das mais músicas mais lindas de todos os tempos e uma das minhas preferidas.
Um material imprescindível para aqueles que gostam de Glenn Miller e da sonoridade inesquecível e inconfundível da sua orquestra.
Dedico a coluna desta semana ao meu saudoso Pai Armando Veridiano Laranja, um “GlennMillermaníaco” assumido.
 

 

Martin Pizzarelli – Triple Play

 
Não deve ser fácil ser coadjuvante durante tantos anos e manter a tranqüilidade e serenidade.
A carreira consistente do contrabaixista Martin Pizzarelli está intimamente ligada a carreira de sucesso do seu irmão, o guitarrista e cantor John Pizzarelli, um dos maiores expoentes do Jazz da atualidade.
Mesmo conhecido apenas por ser acompanhante, ouso dizer que Martin é um dos maiores contrabaixistas da atualidade, esbanjando talento, virtuosismo, carisma e simpatia.
Em 2004 lançou pelo Selo Victoria Records seu único e raro trabalho como líder, ao lado de seu pai, o também genial guitarrista Bucky Pizzarelli e do incrível pianista Ray Kennedy.
Um disco recheado de “Standards” e destaco os temas: “As Long As I Live”, “Moonglow”, “Undecided”  e “Sister Sadie”.
Ele diz que não se incomoda de ser o fiel escudeiro de seu irmão durante todos esses anos. Para ele, uma grande honra.
Mas é extremamente prazeroso ouvi-lo como líder, tirando do seu contrabaixo um “swing”de arrepiar.
Tomara que ele se anime a gravar outros discos, afinal um talento desses não pode  se dar ao luxo de apenas ser um músico acompanhante.

 

Larry Fuller – Easy Walker

O pianista Larry Fuller é outro exemplo de um talentoso acompanhante que deveria ter mais espaço na cena do Jazz.
Ele começou sua carreira acompanhando a cantora Ernestine Anderson em 1988 e em 1994 esteve na última formação do trio do lendário contrabaixista Ray Brown, além de acompanhar uma seleção de grandes músicos.
Em 2005 se efetivou no quarteto do guitarrista e cantor John Pizzarelli, na vaga deixada pelo pianista Ray Kennedy e onde permanece até os dias de hoje.
Dois anos anos antes, em 2003 lançou pelo Selo Pony Boy Records o também raro e único trabalho solo “Easy Walker”, ao lado do contrabaixista Ray Brown e do baterista Jeff Hamilton, em gravações feitas em Los Angeles no ano de 1998.
Com nítidas influências do pianista canadense Oscar Peterson, ele em todas as faixas do disco dá um verdadeiro show de interpretação.
Destaco os temas: “Caravan”, “Compassion”, “Honey Suckle Rose” e “Candy’s Blues”.
Seu talento merece também mais discos solos e quem sabe em breve não teremos surpresas agradáveis neste sentido. 

Postado em: 09/04/2012

 


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