Nikki Yanofsky – A menina prodígio do jazz

Nikki Yanofsky – A menina prodígio do jazz 

 

O nome pode soar estranho e diferente. Mas posso afirmar que a cantora e compositora canadense Nikki Yanofsky é uma artista completa e conhecida como a “menina prodígio” do Jazz.

Ela tem apenas dezoito anos e é um verdadeiro fenômeno e um caso raro de talento e precocidade.

Ela apareceu surpreendentemente com apenas 12 anos de idade numa apresentação no ano de 2006, dentro do conceituado Montreal Jazz Festival.

Na oportunidade, sua “performance” foi tão marcante e segura que recebeu vários convites para gravar e também para se apresentar nos mais importantes Festivais de Jazz do planeta. Atualmente pode-se dizer que a menina já tem alguma experiência.

Em 2008, lançou o magnífico DVD/CD gravado ao vivo, “Ella... Of Thee I Swing”, numa sensível homenagem a Ella Fitzgerald. E num dos solos vocais, Nikki deixou sua grande marca num improviso em “scat singing”, assim como faziam as grandes divas do Jazz. É de cair o queixo ver e ouvir uma menina com voz e estilo de uma pessoa adulta..

O trabalho que destaco hoje, é o DVD lançado no ano de 2010, “Live in Montreal” pelo selo Decca, quando ela tinha 16 anos e que também em vários momentos faz menção a obra de Ella Fitzgerald. Não nega sua grande e maior influência.

Foi acompanhada por uma super banda de quatorze músicos liderados pelo Diretor Musical e contrabaixista canadense Rob Fahie.

No repertório destaco sua emocionante composição “First Lady” em homenagem a Ella e os clássicos “I Got a Rhythm”, “Take The A Train”, “Airmail Special”, “Lullaby Of Birdland” e “God Bless The Child”.

No seu curriculum, apresentações ao lado de Herbie Hancock, Quincy Jones, Celine Dion, The Count Basie Orchestra sempre nos melhores palcos e nos melhores Festivais de Jazz da Europa, Canadá, Estados Unidos e Japão. Nada mal, para uma novata experiente.

Sua missão na música é muito importante. Por ser bem nova, bonita e talentosa, acredito que ela poderá ser responsável pela popularização do Jazz para uma nova geração de fãs, principalmente os mais jovens

Torço muito para isso aconteça realmente. Afinal como ela é uma “menina prodígio”, tem poderes especiais, assim como os super-heróis.

“Fernando Motta & Domingos Mariotti - Reunião”

 

Tive a honra e o privilégio de trabalhar recentemente na produção do lançamento do CD independente “Reunião”, dos músicos Fernando Motta e Domingos Mariotti.

Uma noite mágica e iluminada no Teatro Guarany, que considero uma das casas de espetáculo mais gostosas para se trabalhar e para realizar produções musicais.

Mais de trezentas pessoas puderam testemunhar e se surpreender com as composições autorais da dupla, sempre muito inspiradas, ao lado de vários convidados especiais como Luiz Aranha, no violino, Ronaldo Mesquita e Sergio Lombardi nos contrabaixos e Paulo Motta (irmão de Fernando), no violão. Grandes amigos e parceiros, que apresentaram música instrumental da melhor qualidade.

A dupla Motta & Domingos é velha conhecida também no rock progressivo nacional por terem fundado em 1973 o grupo “Recordando o Vale das Maçãs”, uma das principais referências no país e no exterior.

No entanto “Reunião” vai muito além do progressivo ou outros rótulos musicais. Ouvindo o disco, nos deparamos com belas melodias e arranjos baseados nas flautas de Mariotti e nas guitarras e violões de Motta (que também assume o contrabaixo em várias faixas).

As influências musicais do trabalho passam por diversas vertentes como o flamenco, a música andina, o “ambient” e a “world music”. As composições falam das cenas do cotidiano, baseadas em histórias reais de vida incríveis.

No disco, destaque para as participações especiais do guitarrista Fernando Pacheco, Lee Eliseu nos teclados e Juca Shimidt na percussão.

As minhas preferidas são “Barcos Brancos”, “Caminho de Ouro”, “Franca do Bambú”, “Duas Meninas” e “Natureza”. Uma verdadeira celebração a Vida. 

“Hélio Delmiro – Compassos”

 

O guitarrista e violonista carioca Hélio Delmiro lançou em 2004 a obra prima “Compassos” pelo selo Deck Disc.

Um trabalho absurdamente perfeito, que mescla músicas de sua autoria como “Compassos”e “Esperando”, alguns clássicos do Jazz “My Favorite Things”, “Witchcraft” e “Round Midnight” e também as brasileiras “Ponteio”, “O Morro Não Tem Vez” e “Ilusão à Toa”, onde surpreende cantando com muita competência. E não é que Hélio Delmiro possui uma voz bonita e bem afinada.

Ao seu lado estiveram os músicos cariocas Bruno Cardoso nos teclados, Jorge Helder no contrabaixo e Jurim Moreira na bateria.

Autodidata, ele toca apenas guitarra neste trabalho, apresentando um timbre único, envolvente e muito inspirado.

Na sua carreira,  parcerias com Cesra Camargo Mariano, Márcio Montarroyos, Elis Regina, Tom Jobim, Michel Legrand e Luis Eça, merecem destaque.

Por escolhas pessoais, anda meio sumido do mercado, mas espero muito em breve escutá-lo tocando sua guitarra e violão com todo o seu talento, que é para poucos.

Não deixe de conferir o talento deste grande músico brasileiro. Seu coração e sua alma vão agradecer.