Já destaquei seu trabalho aqui na coluna e, cada vez que vejo ou escuto o guitarrista e violonista argentino Luis Salinas, a minha admiração e respeito por seu talento, crescem cada vez mais. O cara é um gênio.
Sua música está sempre em movimento e reflete uma personalidade muito interessante, que ele demonstra com garra e muitas sutilezas em sua música.
Pode ser doce e ao mesmo tempo explosivo, passeando do Funk ao Tango, pela Música Folclórica e o Bolero, e da mesma forma pela Bossa Nova, pelo Jazz e pelo Blues, sem nunca se importar com rótulos. Talento raro e puro.
A influência pela música veio de seu pai e de seu padrasto, ambos músicos, mais foi sua mãe, que um dia lhe disse que ele era músico, antes mesmo de ele saber o que era isso de verdade. E o seu brinquedo preferido quando criança era uma guitarra, apelidada de “guitarrita”. Não poderia ter sido diferente e foi assim que tudo começou.
E, por incrível que pareça, ele é um músico autodidata e nunca estudou em qualquer conservatório musical. É um improvisador nato e atualmente, para os músicos e grande público, é uma referência mundial e um dos maiores embaixadores da atual cultura latina. Para mim, um gênio de seu instrumento.
Sua discografia conta com dez CDs gravados e editados em vários países, alguns DVDs, muitos prêmios e shows sempre concorridos por onde passa, demonstrando claramente que ele é uma pedra preciosa.
Merece destaque especial o DVD “Música Argentina”, lançado em 2003 pelo selo Dbn Records, que registrou uma apresentação exuberante ao vivo, feita no belíssimo Teatro Cervantes, em Buenos Aires, nos dias 13 e 14 de dezembro de 2002. Ao seu lado estiveram os músicos Horacio Avilano na guitarra, Juancho Farias Gomez no contrabaixo, o incrível Javier Lozano no piano e Alejandro Tula na percussão.
Todas as músicas vão surpreender pela interpretação intensa, que colocam em evidência todo o seu virtuosismo e sentimento. Não deixe de ver e ouvir “Um Vals”, “Aire de Tango”, “Para Corrientes Y El Chaco”, “Para Troilo Y Salgan”, “La Misteriosa” e “Mujer Niña Y Amiga”. De tirar o fôlego o número solo “Tangos”, onde ele interpreta os clássicos “Volver”, “La Casita De Mis Viejos” e “El Ultimo Café”.
Vale a pena conhecer melhor este grande artista argentino que dedilha no violão, guitarra e na voz uma música fluída e sincera, que emociona a todos.
Postado em: 16/12/2013
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