Lindy Hop invadirá a nossa praia

Lindy Hop invadirá a nossa praia

 

Esta semana o Lindy Hop vai invadir literalmente a nossa praia. Pela primeira vez em Santos, teremos a apresentação do Ricardo Baldacci Trio e o São Paulo Lindy Hoppers, unindo o “Swing Jazz” com a dança. Anote aí: dia 22/11, quinta-feira, 21h30 na Comedoria do Sesc Santos. E na oportunidade, iremos comemorar o primeiro aniversário da Rádio Jornal da Orla/Digital Jazz.
O ritmo contagiante do Lindy Hop (estilo de dança que mistura o Jazz, sapateado e charleston), nasceu nos grandes salões de dança no Harlem, bairro de Nova Iorque, no final da década de 20. Era o início da época de ouro da música, onde as famosas Big Bands (grandes orquestras de Jazz) reinavam absolutas e soberanas e que ficou conhecida como a “Era do Swing”.
Os grandes líderes de orquestras Count Basie, Duke Ellington, Benny Goodman, Artie Shaw, Chick Webb, Glenn Miller, Tommy Dorsey eram “os caras” e faziam muito sucesso por onde passavam.
O salão de bailes pioneiro e mais famoso foi o mítico Savoy, que apesar da segregação racial, permitiu reunir num mesmo espaço, brancos e negros e foi ali que os maiores concursos e as competições mais emocionantes entre os dançarinos aconteciam, favorecendo o aparecimento de criativas e ousadas coreografias.
O nome curioso e marcante teve origem no primeiro vôo solo que cruzou o Oceano Atlântico feito em 1927 por Charles Lindbergh. O fato na época foi tão marcante que a dança foi batizada de Lindy (de Lindbergh) e Hop (de salto, pulo).
O grande nome da dança foi o americano Frankie Manning, que popularizou o Lindy Hop em muitos países durante suas concorridas turnês, incluindo o Brasil (no início dos anos 40). E curiosamente ele esteve se apresentando na cidade de São Vicente, durante a Segunda Guerra Mundial.
O mercado musical mudou e as bandas que tocavam músicas para dançar foram sendo substituídas por bandas que tocavam músicas para escutar. O Lindy Hop não desapareceu totalmente, e continuou sendo dançado em poucos salões de baile e não tinha mais a popularidade que o consagrou.
Porém, no início da década de 80, dançarinos americanos e europeus propiciaram o renascimento do Lindy Hop. E nesta época, jovens se interessaram pelo “Neo Swing”, que possibilitou que o ritmo pudesse de novo ser escutado e dançado.
Curiosamente no ano de 1986, Frankie Manning foi encontrado por este grupo e mesmo depois de aposentado da dança (desde 1955), voltou ã cena para ensinar jovens pelo mundo todo os passos e os segredos da dança.
Hoje, o movimento do Lindy Hop está em pleno desenvolvimento nos Estados Unidos, Europa (principalmente na Suécia), nos países asiáticos e também está muito forte aqui no Brasil. E pode ser encontrado nos teatros, nos salões, nas praias, nos parques, nas escolas de dança. Popular, alegre, divertido e democrático ele estará de passagem por Santos e com certeza deixará frutos por aqui. E muitos fãs também.
 

 

Hot Buttered Jazz – “Celebrating The Genius Isaac Hayes”


Gosto muito de escutar discos onde encontramos versões clássicas, que são regravadas com arranjos modernos e que, por vezes são verdadeiramente reconstruídas. Marca de ousadia de seus intérpretes.
No ano de 2009 foi lançado pelo selo Shanachie Records,, um refinado Cd tributo com doze faixas, homenageando o genial músico, cantor, compositor, produtor e ator americano Isaac Hayes.
O saxofonista de “Smooth Jazz” Kim Waters, comandou com precisão e competência a parte musical ao lado de grandes nomes do gênero. Destaco as participações de Chris Davis, Walter Beasley, Skip Pruitt, Norman Brown, Bernd Schoenhart, Phil Perry e Dana Pope.
Isaac Hayes ficou conhecido pela sua marcante participação no ano de 1971 no filme “Shaft”, onde também assinou a trilha sonora do filme, que é referência de qualidade e ousadia até os dias de hoje.
Os temas “The Shaft Suite”, com “Theme From Shaft” (destaque de Chris Davis), “Café Regio’s” (meu tema preferido do disco que teve a participação surpreendente do guitarrista Norman Brown) e “Ellie’s Love Theme” (com destaque para o solo do saxofonista Walter Beasley) e mais a linda “By The Time I Get To Phoenix” (que foi literalmente reconstruída e teve os solos do saxofonista Kim Wtares e do cantor Phil Pherry). Também destaco os temas “Never Can Say Goodbye” e “Walk On By” (que também ganharam versões magníficas).
Se permita ouvir todos estes clássicos em versões mais modernas e atualizadas. Você vai se surpreender.
 

 


Graham Dechter – “Takin`It There”

Ele é jovem e muito talentoso e é um dos destaques da The Clayton – Hamilton Jazz Orchestra e o considero como uma das grandes revelações do “Swing Jazz” na atualidade.
Falo do guitarrista Graham Dechter, que está no seu segundo trabalho solo, lançado recentemente pelo selo Capri Records e realmente surpreende pela sonoridade e pelo grande talento.
O disco tem sido muito bem recomendado pela crítica especializada e o público também gostou das experiências musicais do guitarrista, que teve dentro da família (pai, mãe e avô músicos) grandes referências e bastante incentivo para seguir na carreira como músico. Três gerações de músicos na mesma família.
Ao lado de seus padrinhos John Clayton (contrabaixo) e Jeff Hamilton (bateria) e também o surpreendente Tamir Hendelman (piano), selecionou dez temas.
Destaco “Road Song” (numa sensível homenagem a Wes Montgomery), “Be Deedle Dee Do” (com nítidas influências do guitarrista Barney Kessel), a grande surpresa “Chega de Saudade” (unindo o Jazz com a Bossa Nova) e mais “Come Rain Or Come Shine” e a união de “Amanda/Every Time We Say Goodbye” (composição própria e de Cole Porter) para encerrar em grande estilo o disco.
Com certeza um músico que terá uma carreira de muito sucesso. Tem no seu Dna música nas veias.
 

Postado em: 19/11/2012

 


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