Unir a música a locais paradisíacos é um dos grandes diferenciais deste Festival, que aconteceu em sua quinta edição no ano de 2014, na cidade de Natal e na Praia de Pipa, localizados no Rio Grande do Norte, estado abençoado por tantas belezas naturais.
O Fest Bossa & Jazz é um dos eventos mais democráticos do país, possibilitando uma rara oportunidade de difundir alguns dos gêneros musicais mais importantes do planeta, como o Jazz, a Bossa Nova, a Música Instrumental Brasileira e o Blues, que, infelizmente, estão cada vez mais afastados do grande público.
Além disso, nos 5 dias do festival, sendo um dia em Natal (abertura) e os outros 4 dias na Pipa, promoveram e divulgaram compositores, músicos e intérpretes, de âmbito local, regional, nacional e internacional.
Segundo a Diretora do Festival, Juçara Figueiredo, mais de 30.000 pessoas passaram pelos espaços reservados, com uma área de mais de 18.000 m2,, distribuídos entre as instalações de palcos, lanchonetes, tendas para oficinas, lojas de produtos e uma grande área livre para o público curtir boa música. E o mais importante disso tudo, é que as pessoas tiveram acesso a todas as atrações de forma gratuita, democratizando e popularizando todos os gêneros citados. Acessibilidade a cultura é outro grande diferencial.
Os meus destaques para o “line up” dos músicos nacionais, ficaram por conta da Sesi Big Band, liderada pelo Maestro Eugênio Graça, que convidou o incrível cantor Ed Motta e fez duas apresentações memoráveis (uma na abertura do festival em Natal e outra na Pipa) e mais as apresentações do quarteto do guitarrista carioca Ricardo Silveira, o mágico encontro dos bossanovistas Marcos Valle e Roberto Menescal e Jacques Morelebaum & Cello Samba Trio.
Dos nomes internacionais, destaque para o guitarrista Eric Gales (que inclusive já trouxemos a Santos anos atrás para a primeira apresentação internacional do Teatro Coliseu) e Glen David Andrews Band, que fizeram apresentações inesquecíveis.
Dos artistas locais, merecem destaque o surpreendente trio Candeeiro Jazz, o baterista Rogério Pitomba e o guitarrista Artur Soares.
Outro ponto marcante do festival são as apresentações alegres e irreverentes da Bossa & Jazz Street Band, formação de saxofone, trompete, trombone, tuba e washboard, que caminha pelas ruas da Pipa, alegrando todas as pessoas, no melhor estilo das bandas de rua da cidade de New Orleans, berço do Jazz.
Para a Edição 2015, o festival promete muitas novidades e novas praias no roteiro, além de Natal e Pipa. Com certeza estaremos por lá este ano novamente, conferindo tudo isso ao vivo e em cores, assim como fizemos na edição de 2014. E, mais, a marca Fest Bossa & Jazz pretende ampliar fronteiras, afinal, já se consagrou na Região Nordeste e, por esta grande razão, está buscando novos horizontes.
Já estamos em tratativas para colocar a cidade de Santos neste roteiro, como outra praia de divulgação e pulverização de uma cultura mais refinada, por meio da valorização local e com a participação e envolvimento de toda a comunidade. É só aguardar.
Viva o Jazz !!! A Bossa Nova !!! A Música Instrumental Brasileira !!!! E o Blues !!!
O pianista paulista, radicado no Rio de Janeiro desde o início da Bossa Nova, é oriundo do mítico Beco das Garrafas e um dos grandes representantes do “Samba Jazz” da atualidade. E este belíssimo trabalho do ano de 2010, lançado de forma independente, visita as composições de Pacífico Mascarenhas, compositor bossanovista mineiro.
O compositor homenageado já teve alguns CD's gravados por artistas diferentes em várias formações, que valorizam a sua obra musical.
Ao todo são 24 faixas, que contaram com a participação de Augusto Mattoso no contrabaixo e Rafael Barata na bateria, dois talentosos músicos da nova geração, que acompanham o pianista há algum tempo.
A integração do trio é fantástica e é fruto de uma intensa afinidade musical e da imensa admiração de todos, pela linguagem universal do Jazz e da Bossa Nova.
Osmar Milito, pianista, maestro, compositor e arranjador, acompanhou Sylvinha Telles, Leny Andrade, Nara Leão, Paulo Moura, Vinícius de Moraes, Elis Regina, Pery Ribeiro, Sérgio Mendes entre tantos outros importantes nomes.
Atualmente está em temporada prolongada no bar do Hotel Novo Mundo, na cidade do Rio de Janeiro, localizado na Praia do Flamengo, sempre com apresentações muito concorridas e onde podemos conferir, ao vivo, seus costumeiros inspirados improvisos.
Seu irmão Hélcio Milito, falecido em 2014, foi o baterista e percussionista do Tamba Trio, um dos grandes nomes da Bossa Nova. Destaco os temas “Amo Você”, “Foi Assim”, “O Jogo”, “Começou de Brincadeira”, “O Vento Que Soprou”, “Minha Ex-Namorada”, “Bem-Vindo ao Rio”, “Praça Savassi” e “Belo Horizonte Que Eu Gosto”.Achei por acaso este CD, em minha última passagem pela cidade do Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa, espaço cultural de visita obrigatória no Shopping Leblon, principalmente para aqueles que amam a música e uma boa leitura. Lá você poderá encontrar, com absoluta certeza, verdadeiras raridades.
Ele acaba de completar apenas 26 anos de idade e, no final do ano de 2014, lançou seu segundo CD solo, de forma independente, viabilizado através do sistema de benfeitoria, que vem ganhando espaço no Brasil, possibilitando a realização de vários projetos musicais importantes.
João Senise, também jornalista de formação, é filho do saxofonista Mauro Senise e da produtora Eliana Laurie Fonseca Peranzzetta, e seguir no caminho da música foi uma consequência natural.
Maduro, preparado e extremamente musical, o cantor carioca, desta vez, selecionou 14 pérolas gravadas por Ivan Lins, todas dirigidas e arranjadas pelo seu padastro, o premiado maestro Gilson Peranzzetta, que mais uma vez surpreendeu com sua sensibilidade e extremo bom gosto.
Teve como convidados especiais: Dori Caymmy, Leila Pinheiro, Leo Jaime, Zélia Duncan e o próprio homenageado Ivan Lins, além da participação de mais de 30 músicos de grande talento.
Tive a honra e o privilégio de ver ao vivo na sua casa no Rio de Janeiro, em março de 2014, os primeiros ensaios deste projeto e tinha a certeza de que o resultado final seria de altíssimo nível.
Destaco os temas “Dinorah, Dinorah”, “Virá”, “Doce Presença”, “Madalena”, “Dois Córregos”, “Daquilo Que Eu Sei”, “Setembro”, a faixa título “Abre Alas”, a versão gravada ao vivo de “Ai, Ai, Ai” e a pouco conhecida, “Art Of Survival” .
João Senise já não é mais uma grata revelação. Sua voz grave e muito afinada já é uma realidade e uma das mais bonitas da cena atual. Já visitou o Jazz e agora a MPB. Quem sabe a Bossa Nova seja escolhida para o repertório do terceiro trabalho, que, com certeza, ela já deve estar pensando. Fica a registrada a minha sugestão.
E uma curiosidade: ele desde pequeno queria ser tornar Presidente do Brasil. Ainda bem que ele mudou de ideia, após conviver mais de perto com o mundo obscuro da política, rapidamente retornando ao seu caminho verdadeiro, que é o da música. Que sorte a nossa e a dele também.
Postado em: 12/01/2015
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