O canadense Oscar Peterson é um dos meus pianistas preferidos. No ano de 1996 o selo Verve, um dos mais tradicionais do Jazz, lançou o CD “Oscar Peterson Plays The George Gershwin Songbook”, reunindo gravações feitas pelo pianista nos anos de 1952 e 1956 nos seus dois discos homenageando o genial George Gershwin.
No primeiro set do disco composto por doze faixas, gravadas no mês de agosto de 1959, ele foi muito bem acompanhado por Ray Brown no contrabaixo e Ed Thigpen na bateria. E que pode ser considerado como o trio mais famoso da sua carreira.
Meus destaques ficaram para os temas “A Foggy Day”, “Love Walked In”, “Love Is Here To Stay”, “Summertime” e “Nice Work If You Can Get It”. Simplesmente, sensacionais.
Já o segundo set com mais doze faixas, desta vez gravadas entre os meses de novembro e dezembro de 1952, ele foi acompanhado pelo incrível Barney Kessel na guitarra e novamente por Ray Brown no contrabaixo.
Destaco os temas “The Man I Love”, “Fascinating Rhythm”, “I’ve Got A Crusch On You”, “S’Wonderful”, “I Got A Rhythm” e “Love Walked In”.
A produção dos dois discos ficou por conta de Norman Granz, grande mentor do selo Verve e responsável por verdadeiras obras primas, lançadas através dos anos.
Ele inclusive foi determinante na carreira de Oscar Peterson, pois no ano de 1949, Granz o convidou a sair do Canadá para integrar a trupe de “all stars” do “The Jazz At The Philharmonic”, que excursionava pelos Estados Unidos. O sucesso para ele chegou imediatamente e recebeu do público um carinho muito grande.
Improvisador nato e cheio de swing, seu toque no piano é inconfundível. Influenciou vários pianistas e continua até os dias de hoje a influenciar pelo seu estilo raro e marcante. Um grande exemplo também de superação. Nos últimos anos de vida tocou de forma limitada em razão de um derrame.