DOWNBEAT – 76 th ANNUAL READERS POLL

A mais tradicional revista americana especializada em Jazz, a Downbeat, apresentou no  mês de novembro a relação dos artistas preferidos do seu público leitor em sua 76ª. Edição. Foram quase 7.000 votos, número bastante expressivo.

 

Os mais votados foram o irreverente e ainda vigoroso pianista Ahmad Jamal (81 anos) para Hall da Fama e a estupenda contrabaixista e cantora Esperanza Spalding (de apenas 27 anos), como Artista do Ano, a primeira mulher a receber este prêmio. O encontro de um dos nomes mais tradicionais do Jazz com uma das principais artistas da nova geração.

 

Entre os “brazucas” mais votados, destaque para Airto Moreira como Percussionaista, em 1º. Lugar; Cláudio Roditi, Trompetista em 10º lugar; o álbum “Sinatra & Jobim”, em 6º. Lugar na categoria de Discos Históricos e também Ithamara Koorax e Luciana Souza em 12º. e 14º, respectivamente, na categoria Cantoras.

 

Os demais destaques: Álbum do Ano e melhor Pianista: Brad Mehldau e o seu trabalho “Live in Marciac”; Trompete: Winton Marsalis; Trombone: Steve Turré; Sax Alto: Phil Woods; Sax tenor: Joshua Redman; Guitarra: Pat Metheny; Contrabaixo: Cristian Mcbride; Bateria: Jack DeJohnette; Cantor: Kurt Elling e Cantora: Diana Krall, entre outras categorias de destaque.

 

Os nomes vencedores não são surpresas e atingiram o topo através do voto direto e democrático dos leitores dessa revista que é um verdadeiro ícone de informação e credibilidade no meio musical. Confira a lista completa  no site: www.downbeat.com

Depois de um merecido descanso para curtir a vida, a família, os bichos e a sua mais nova e intensa fonte de motivação/inspiração, seu netinho Guilherme, a cantora Rosa Passos retorna à cena com seu mais novo trabalho, lançado pelo Selo Biscoito Fino “É Luxo Só”, que homenageia a “ divina” Elizeth Cardoso.

São 10 faixas preciosas que se destacam pelo tempero jazzístico, característica muito forte no estilo diferenciado de cantar de Rosa Passos.

Destaques para os temas: “As Rosas não Falam”, “Diz que Fui por Aí”, “Três Apitos” e a faixa título “ É Luxo Só”. Quanta inspiração.

Ao seu lado estiveram o seu inseparável fiel escudeiro Lula Galvão nos arranjos e violão, Jorge Helder no contrabaixo e Rafael Barata na bateria.

Rosa Passos é uma joia rara que infelizmente ainda não tem no Brasil o seu justo e merecido reconhecimento.

Apesar disso, continua reverenciada e idolatrada em diversos países pelo mundo afora, mostrando que o talento brasileiro não tem barreiras, muito menos fronteiras.

Rosa, você é única, iluminada, simples, uma estrela que brilha, encanta e que canta (e como canta), como poucas.

Rosa, que bom ouvi-la de novo assim tão forte, feliz, inspirada e com o coração transbordando de amor.

O cantor, guitarrista, compositor e produtor Celso Fonseca lançou no final do mês de novembro o Cd “No Meu Filme”, pelo selo MP,B Universal, recheado de músicas inéditas.

Por mais incrível que possa parecer, Celso Fonseca tem no seu currículo 30 anos de carreira e este trabalho retrata todo o seu amadurecimento e tem como característica principal, uma levada mais encorpada (cantando e tocando guitarra com nítidas influências da sonoridade dos anos 70 e 80, com destaque para os belíssimos arranjos de cordas e metais).

Suas composições falam de amor, descrevem com simplicidade cenas do cotidiano, com muita poesia e inspiração, incluindo nas suas letras várias “fotografias” do Rio de Janeiro.

O Cd foi masterizado no Abbey Road Studios em Londres e contou com as feras como o maestro Eduardo Soto Neto e Jaques Morelenbaun.

Não deixe de ouvir a faixa título “No Meu Filme”, “Linda” (com um belo solo com nítidas influências do guitarrista George Benson), “Enquanto Espero Você Chegar” e a surpreendente “Ninho Vazio”.

Já destacamos aqui na coluna o músico Celso Fonseca, para mim, um dos artistas mais talentosos da nossa música.