DIA INTERNACIONAL E MUNICIPAL DO JAZZ – 30-04-17

DIA INTERNACIONAL E MUNICIPAL DO JAZZ – 30-04-17

DIA INTERNACIONAL E MUNICIPAL DO JAZZ – 30-04-17 

O RIO SANTOS  JAZZ  FEST vem para defender e reforçar, em nossa cidade e região, “as virtudes do Jazz como instrumento educativo e como força de paz, de diálogo e cooperação entre os povos”, como muito bem definiu o seu patrono, o grande pianista Herbie Hancock. 
O Festival está inscrito pelo quarto ano consecutivo como evento oficial da UNESCO, dando projeção e prestígio mundial a cidade de Santos. O Jazz que nasceu nos Estados Unidos, na cidade de Nova Orleans, no início do Século XX, no encontro de ritmos africanos e a música dos americanos de origem europeia. 
Ganhou merecidamente um dia só seu, para ser comemorado intensamente. Afinal, o gênero musical tornou-se uma linguagem universal. No Brasil, o Jazz influenciou e continua a influenciar muitos dos nossos músicos e esteve muito bem relacionada, principalmente com a Bossa Nova, gênero musical genuinamente brasileiro. 
As origens do Jazz e da música brasileira são as mesmas, provenientes da cultura negra trazida pelos escravos africanos, originários das mesmas regiões da costa ocidental do continente africano. Por que o Dia Internacional e Municipal do Jazz? 
O Jazz quebra barreiras e cria oportunidades para entendimento mútuo e tolerância. É um vetor da liberdade de expressão, é um símbolo de união e paz, reduz tensões entre os indivíduos, grupos e comunidades, promove a igualdade de gênero, reforça o papel dos jovens para a mudança social, encoraja a renovação dos artistas, o improviso, as novas formas de expressão e inclusão de formas tradicionais de música em novas vertentes musicais. Estimula o diálogo intelectual e transforma jovens em sociedades marginalizadas. 
Em 2017, as comemorações globais começarão na cidade de Havana, em Cuba, onde será realizado um grande concerto. E as homenagens vão se espalhar por diversas cidades do planeta. 
A proposta do festival é trazer ao público santista o encontro e o intercâmbio de músicos, compositores, intérpretes e artistas locais com os da cidade do Rio de Janeiro e São Paulo. 
A realização do festival justifica-se, pela facilidade de acesso, reverência histórica e ineditismo. 
Teremos 10 atrações que se apresentarão entre os dias 28, 29 e 30 de abril, todas gratuitas, distribuídas em 3 palcos: Comedoria do SESC, Praiamar Shopping e Teatro Guarany. 
Em Santos, bem como no Brasil, nunca foi feito um festival voltado especificamente para aproximar as histórias do JAZZ vividas nas cidades do Rio de Janeiro e de Santos, que foram muito importantes para a construção da identidade do gênero no Brasil. 
Além de compartilhar este desenvolvimento musical, as cidades compartilham de cultura, hábitos, costumes e geografia muito similares. Viva o dia 30 de abril, Dia Internacional e Municipal do Jazz! 

 

 

Louis Armstrong 

O trompetista, cantor e "show man" Louis Armstrong foi uma das figuras mais simpáticas, talentosas e importantes da história do Jazz e um dos pioneiros do gênero e também um dos grandes responsáveis pela sua popularização Ele teve a honra e o privilégio de nascer em New Orlenas, berço do Jazz e onde tudo começou. E ele mesmo destacou: "O Jazz e eu crescemos lado a lado quando éramos pobres".  
Ele nasceu sem teto, órfão de pai, filho de mãe solteira e foi criado nas ruas de New Orleans. E aqui encontramos outro exemplo real de que a música tem o poder de transformar a vida das pessoas. 
Tornou-se um dos músicos mais conhecidos, respeitados e queridos nos quatro cantos do planeta e sua música, seja através do seu instrumento ou da sua voz grave, rouca e peculiar, continua cultuada até os dias de hoje. Foi um mestre que amava a música acima de qualquer coisa e nos deixou um legado musical, que considero arte pura. E não posso deixar de falar também do seu sorriso, sempre aberto, outra marca registrada. Estava sempre de bom humor, alegre e disposto e, com esta característica natural, cativava a todos com quem se relacionava. 
Seu talento para música aflorou cedo e logo no início da carreira caiu nas graças do músico Joe King Oliver, que se tornou seu padrinho e que tinha muito prestígio na época e uma banda famosa, a Creole Jazz Band, o convidando no ano de 1922 para shows na sua terra natal e na cidade de Chicago. 
Logo depois, mudou para Nova York, gravando em 1924 na orquestra de Fletcher Henderson e formando os seus grupos famosos, "Hot Five" e "Hot Seven" (entre os anos de 1925 1929), quando ganhou o simpático apelido de "Satchmo", dado em razão do grande volume das suas bochechas quando tocava. Outro apelido carinhoso, que ele recebeu em vida, foi o de "Pops" e este era o seu preferido. 
Solista nato ele mudou a história do Jazz, tornando o gênero aberto para os solos e para os improvisos, características mais fortes do gênero. 
As suas gravações de "Potato Head Blues", "West End Blues", "Struttin With Some Barbecue", "Indiana", "Hogh Society", "When The Saint's Go Marchin' In", "St. Louis Blues", "Mack The Knife" e "What Wonderful World", são antológicas e definitivas. 
No início dos anos 50, ele viajou pelo mundo como Embaixador da Paz, a pedido do Departamento de Estado dos Estados Unidos e assim o fez por diversas vezes até o final da sua vida, que teve seu ponto final em 6 de julho de 1971.​
E ele não só tocou da maneira certa o seu instrumento, como também conseguiu tocar de forma definitiva os nossos corações com sua música, eterna, sublime e estimulante. Um gênio do Jazz com apelo absurdamente popular. 

 

 

Ella Fitzgerald – 100 anos 

A incrível cantora Ella Fitzgerald no último dia 25 de abril, completaria 100 anos de vida e foi conhecida na história do Jazz como a “Primeira Dama da Canção”.  
Como homenagem escolhi este álbum que para mim é fundamental. Foi gravado em apenas quatro dias no início da década de 80 e lançado pelo selo Pablo, que na época lançou discos muito importantes de alguns dos maiores nomes do Jazz. E a fantástica Ella Fitzgerald foi um destes nomes que tiveram a sorte de ter seus trabalhos lançados pelo selo e este trabalho, dedicado exclusivamente ao nosso maestro Tom Jobim, teve a produção do competente Norman Granz e os arranjos e direção da orquestra de Erich Bulling. 
E apesar de ser um "songbook", curiosamente ele não entra na lista oficial de "songbooks" que Ella gravou nos anos 60, homenageando diversos compositores e que viraram verdadeiras obras clássicas. 
Foi lançado como álbum duplo em vinil (que ainda tenho a sorte de ter o original) e ganhou a esperada versão em CD apenas no ano de 1991, com 17 temas, dois a menos que a versão original. Nada que comprometa, e você deixará apenas de ouvir "Don't Ever Go Away", versão de "Por Causa De Você" e "Song Of The Jet", versão de "Samba Do Avião". Belas gravações que só estão na "bolacha". 
Outro ponto importante foi a seleção de músicos escalados: Clark Terry no trompete, Zoot Sims no sax tenor, Joe Pass na guitarra, Toots Thielemans na harmônica, Abraham Laboriel no contrabaixo, Alex Acuna na bateria e os brasileiros Oscar Castro Neves no violão e Paulinho da Costa na percussão entre outros.  
Destaque para algumas versões cantadas em português, carregadas de um sotaque simpático e as minhas preferidas são "Dreamer" (Vivo Sonhando), "Triste" e "Dindi" em levadas mais românticas e "Useless Landscape" (Inútil Paisagem), "One Note Samba" (Samba de Uma Nota Só) e "Water To Drink" (Água De Beber) com "scats" de arrepiar, marca registrada de Ella Fitzgerald. Só ficou faltando a participação do grande homenageado. 
Viva Ella Fitzgerald no seu centenário de nascimento!  

 

 


Postado em: 04/05/2017

 


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