No ano de 2015, Cauby lançou outro CD com 10 faixas, desta vez, pelo Selo Biscoito Fino e conseguiu realizar outro grande sonho, que era o de gravar o repertório da Bossa Nova, com a sua levada e estilo, sempre inconfundíveis.
O que já valeria pela gravação do disco, respeitando sua capacidade vocal, sempre surpreendente, assim como sua personalidade.
Cauby foi o responsável pelo projeto do disco e fez este pedido diretamente ao seu produtor Thiago Marques Luiz, que prontamente o atendeu. O repertório foi escolhido por Cauby, Thiago e sua empresária Nancy Lara. Disse na época das gravações: “As canções só precisam ser bonitas. Mesmo com a voz mais potente que a dos cantores de Bossa Nova, ou com um estilo mais romântico, eu posso cantar essas músicas”.
Acompanharam-no neste belo disco o pianista Alexandre Vianna, que também assina os arranjos, o contrabaixista Deco Telles e o baterista Humberto Zigler. E, mais, destaque para as participações especiais do pianista Daniel Bondaczuk e do violonista Ronaldo Rayol., do saxofonista e flautista Marcelo Monteiro, do guitarrista Rovilson Pascoal.
Meus destaques ficam por conta das intimistas “Eu e a Brisa” e “Ilusão à Toa”, homenageando o genial Johnny Alf, e mais “Samba do Avião”, “Wave”, “Este Seu Olhar”, “Dindi”, que ele normalmente cantava nos seus shows, e “Razão de Viver” e “Até Quem Sabe”, que eram desconhecidas para ele.
Impossível não se emocionar com a elegância da sua interpretação e dos belos arranjos, que deram, ao disco, uma sonoridade muito especial e marcante. É nítido sentir que Cauby se aproximou da Bossa Nova pelas pegadas do Jazz, afinal ele sempre afirmava, categórico, que era também um cantor jazzístico.
Foi um registro histórico e importante da discografia de Cauby Peixoto, um dos grandes cantores que o Brasil já teve.
Versátil, criativo, intenso, marcante, assim como sua música.