Sem dúvida, o ambiente musical, onde foi criada, foi decisivo para a escolha do seu caminho de se tornar cantora. Por sinal, uma cantora e tanto, dona de uma uma voz cristalina e muito afinada.
Para quem não sabe, a cantora carioca Carol Saboya é filha do grande pianista e produtor Antonio Adolfo, que desenvolve e divide sua ativa carreira entre os EUA e o Brasil.
Este CD, lançado pelo selo AA Music, apenas com composições de Ivan Lins e Milton Nascimento, foi lançado em 2012, primeiro para o mercado americano e depois por aqui. Algo bastante comum nos dias de hoje. E, curiosamente, foi o primeiro disco de carreira dela lançado em solo americano.
Encantei-me pelo seu talento desde os seus primeiros trabalhos, dos anos de 1998 e 1999, com “Dança da Voz” e “Janelas Abertas”, com músicas de Tom Jobim e gravado ao lado pelo violão mágico de Nelson Faria, ambos produzidos pelo saudoso e criativo produtor Almir Chediak.
Carol Saboya canta as canções em português e algumas versões inéditas em inglês, assinadas por Jane Monheit e Brenda Russell, que garantiram muita qualidade ao trabalho.
Ao seu lado estiveram Antonio Adolfo no piano, arranjos e produção, Claudio Spieewak na guitarra, Jorge Helder no contrabaixo, Rafael Barata na bateria e percussão e os convidados especiais Dave Liebman no sax soprano e tenor e Hendrik Meurkens na harmônica.
Meus destaques ficam por conta de “Bola de Meia, Bola de Gude”, “Tristesse” e “Tarde” de Milton e “Who Is In Love Here (A Noite)”, “Doce Presença” e “Velas Içadas” de Ivan.
Um trabalho que sai do lugar comum, tanto no repertório quanto na sonoridade, que mistura o Jazz com ritmos bem brasileiros. Mistura perfeita e colocada na dose certa.
Postado em: 22/09/2014
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