SERÁ O FIM DA ERA DOS CD’S ?

SERÁ O FIM DA ERA DOS CD’S ?

 

 

Depois de anos de reinado absoluto a Era dos Cd’s pode estar, infelizmente, chegando ao fim.
Pelo menos por aqui pelos lados da Rádio Jornal da Orla/Digital Jazz isso não vai acontecer tão cedo. Diariamente parte dos 6.000 Cd’s do nosso acervo físico são transformados em arquivos digitais WAV, para garantir a sua qualidade extrema de áudio. Já estamos com mais de 7.000 músicas em nosso playlist e podemos chegar perto de 300.000 músicas. Mas isto é uma outra história.
Os mais otimistas dizem que em no máximo em 5 anos os Cd’s estarão extintos. Já os mais radicais, dizem que o seu fim está marcado para o mês de dezembro do ano de 2012. 
Para que este horizonte esteja assim tão sombrio, destaco o primeiro grande inimigo do Cd: a pirataria. O segundo: a popularização dos vários formatos de música digital, principalmente o MP3. E o terceiro e mais aterrorizador inimigo: o Ipod, que gerou a ITunes Music Store (breve em versão brasileira), que virou febre mundial e fez nascer outros tantos concorrentes do mundo virtual.
Por enquanto não existe um substituto à vista, assim como aconteceu naturalmente com os long plays e as fitas K 7.
E lembro que nada é mais prazeroso do que manusear a mídia física (com seu formato, seu cheiro e conteúdo informativo do seu encarte). Sem falar na alta qualidade da sua reprodução, que dá um verdadeiro banho no formato MP3, por exemplo.
Se isso se confirmar, será uma grande perda para todos nós, amantes da boa música.
As lojas de Cd’s fecham suas portas a cada minuto em alguma parte do mundo e a única forma de se adquirir um Cd físico me parece que será através do portal Amazon.com, o maior beneficiado desta situação.
Não podemos nos esquecer que todas as mídias estão convergindo para a internet. É preciso dar tempo ao tempo.
A coluna desta semana é dedicada ao saudoso e querido amigo Júlio Reinaldo Rodriguez  da Cantina Liliana.

 

Babi Mendes – Short Stories

 
Santo de casa faz milagre sim. A prova disso é o Cd de estréia da cantora santista Babi Mendes. Trata-se de uma agradável e harmoniosa surpresa.
“Short Stories” é um Cd independente lançado este ano por esta talentosa intérprete, que um dia foi jornalista e professora de inglês e português.
O repertório escolhido é todo autoral, bastante agradável, chegando a ser surpreendente, passeando suas composições pelo Jazz, Bossa e o Blues, gêneros que mais a influenciaram desde pequena.
Ela reuniu em estúdio alguns dos melhores músicos de Santos, como o genial saxofonista Maurício Fernandes, o incrível guitarrista Mauro Hector e também o criativo e versátil pianista e produtor Flávio Medeiros, além de outros expressivos músicos. E como convidado especial, o contrabaixista Thiago do Espírito Santo.
Destaque para os temas:” The Deepest It Could Be” (uma Bossa com muita bossa), “Drunk Man” (um Blues com um belo arranjo de sopros) e “Grape Fruit” e “ I Dreamt Of a Song” (com o mais puro Jazz).
Babi Mendes teve muita clareza ao definir que “o Jazz é o gênero da fusão, das misturas”.E o seu primeiro trabalho, bastante equilibrado e maduro, retrata muito bem isso.
Recomendo que você escute este trabalho, dando o seu justo e merecido valor. Não perde em nada para os lançamentos das grandes gravadoras. Confira!!! Informações pelo e-mail [email protected].

 

Cris Oak – Estudo de Jazz e Bossa Nova

O Cd já impressiona pela sua apresentação, em formato de livro, por sinal, muito criativo e bem elaborado.
Ela é considerada como a nova voz do Jazz “Made in São Paulo” e já desponta como uma grande intérprete.
Suas influências: as grandes divas Billie, Ella, Nina e principalmente Dinah, que dispensam apresentações.
E a maioria das suas apresentações tem acontecido nas principais casas de Jazz de São Paulo como o Baretto, Jazz nos Fundos e Club A.
Jovem, muito afinada e com uma marcante presença de palco, ela vem encantando pela sua característica de acrescentar muitas das suas influências nas versões que interpreta, saindo do lugar comum.
Os temas clássicos “Speak Low”, “Summertime”, “Moonlight Serenade” (numa versão cantada em francês com muita bossa) e “Dindi” fazem parte do repertório composto por 11 faixas revisitadas por Cris Oak.
O Cd foi lançado no final de 2010 e também contou com a participação do grande “crooner” Dave Gordon em várias faixas.
É uma outra boa dica para você se surpreender.Informações no site www.crisoak.com.br.

Postado em: 11/01/2012

 


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