MELISSA ALDANA – A CHILENA PRODÍGIO DO JAZZ

MELISSA ALDANA – A CHILENA PRODÍGIO DO JAZZ

MELISSA ALDANA – A CHILENA PRODÍGIO DO JAZZ

 
Ela tem apenas 24 anos de idade e acaba de se tornar a primeira instrumentista mulher a ganhar um dos mais cobiçados prêmios da música, a competição anual do Thelonious Monk Institute, realizada no mês passado no John F. Kennedy Center For The Performing Arts, em Washington - USA. Esse concurso que já está na sua 27ª. edição, tornou-se referência e é conhecido por revelar jovens músicos de talento e também por disponibilizar, ao vencedor, uma excelente premiação, uma bolsa de U$ 25 mil, além de um contrato para gravar um CD para o selo de prestigio Concord Jazz. Ela se apresentou para um júri de peso, formado pelos aclamados saxofonistas Wayne Shorter, Jimmy Heath, Bobby Watson, Brandford Marsalis e Jane Ira Bloom. A saxofonista tenor Melissa Aldana nasceu em Santiago do Chile e despertou seu interesse pela música com apenas 7 anos de idade, começando seus estudos no saxofone com seu pai, Marco Aldana, que também é saxofonista e que curiosamente, no ano de 1991, foi escolhido como semifinalista do mesmo concurso. Graduou-se na Berklee School Of Music, de Boston e desde o ano de 2009 está radicada em Nova York. Ela já gravou dois CDs, para o selo Inner Circle Records, “Free Fall” – 2010 e “Second Cycle” – 2012, muito bem recebidos pelo público e pela crítica especializada. E tem como grandes influências os saxofonistas Charlie Parker e John Coltrane (que escutava ainda pequena em sua casa no Chile) e também Joe Lovano, Don Byas e Mark Turner. Atualmente, como moradora do bairro do Harlem em NYC, ela tem se apresentado regularmente nos principais clubes noturnos da cidade como o Blue Note, Iridium, Lincoln Center, Puppets, Fat Cat e Smalls, tendo o prazer de dividir os palcos com Benny Golson, Greg Osby, George Garzone, Francisco Mela, Antonio Sanchez entre outros. Atualmente ela se dedica pelo menos 4 horas por dia ao seu instrumento, além de transcrever, escutar, compor e estar sempre disposta a aprender. Um exemplo de dedicação e perseverança que lhe fizeram diferença neste momento atual da sua carreira. Confesso que fiquei feliz de saber do seu triunfo e mais ainda por ver e ouvir mais uma mulher talentosa brilhando no mundo do Jazz. As mulheres realmente estão fazendo a diferença no mundo e na música não poderia ser diferente. Fique de olho e de ouvidos bem abertos, pois Melissa Aldana é uma nova estrela do Jazz em plena ascensão. Toca e emociona com a segurança de uma veterana.
 
 

 

BOSSACUCANOVA

“Ao Vivo” O trio carioca Bossacucanova foi lançado no ano de 1997 pelo Dj Marcelinho Da Lua, o contrabaixista Márcio Menescal (filho do mestre Roberto Menescal) e o tecladista Alexandre Moreira (os 3 também são produtores) e ficou conhecido por revisitar os clássicos da Bossa Nova, dando uma roupagem mais atualizada aos clássicos do gênero, numa mistura bem equilibrada da sua batida tradicional com os elementos mais eletrônicos. No ano de 2008, depois de tantas homenagens ao seu cinquentenário da bossa nova, o grupo resolveu lançar no formato CD + DVD um apanhado da sua carreira, aproveitando para também celebrar o gênero, trazendo como convidados Carlos Lyra, Roberto Menescal, Marcos Valle, João Donato, Leo Gandelman, Ed Motta, Wilson Simoninha, Jaques Morelembaun entre outros. Merecem também destaque as participações de Cris Delanno nos vocais e flauta, Dado Brother na bateria e percussão, Flávio Mendes na guitarra, violão e vocais, Rodrigo Sha nos saxofones, flauta e voz, Marlon Sette no trombone e Laudir de Oliveira na percussão. Do repertório apresentado pelo trio e seus convidados, seleciono “Samba da Minha Terra”, “Essa Moça Tá Diferente”, “Samba de Verão”, “Bom dia Rio (Posto 6)”, “Garota de Ipanema” e “Balanço Zona Sul”. O grupo Bossacucanova é grande prova de que a Bossa Nova continua nova e revigorada, com muito fôlego para ser cultuada por mais 50 anos ou mais.

 

 

OS CARIOCAS

“Estamos Aí” Este é o primeiro CD lançado pelo conjunto vocal com a sua 10ª. formação, que tem  o maestro Severino Filho na 1ª. voz, piano e teclados (líder e único integrante que participou de todas as formações do grupo),  Fábio Luna na 2ª. voz, bateria, percussão e flautas (novo integrante), Neil Teixeira na 3ª. voz e contrabaixo e Eloi Vicente na 4ª. voz, violão e guitarra. O disco (70º. da carreira) foi lançado recentemente pelo selo Biscoito Fino, 65 anos após o lançamento do primeiro disco do grupo carioca, um 78 rotações do ano de 1948, contando com as participações especiais de Chico Buarque, Francis Hime, João Carlos Coutinho, Leny Andrade Chiquito Braga, Félix Junior e Hernane Castro. Falar de “Os Cariocas” é falar da própria história da Bossa Nova. O grupo está sempre se renovando, mas tem a preocupação de manter suas características vocais exclusivas, que o fazem ser reconhecidos imediatamente quando o ouvimos. Destaco os temas “Eu e a Brisa”, “Januária” (uma sensível homenagem ao Magro, integrante do grupo MPB-4, falecido no ano passado), “Que Maravilha”, “Marina” (gravado à capela de uma forma muito especial), “A Noiva da Cidade”, “A Felicidade” e a faixa título “Estamos Aí”, a minha preferida, que contou com a participação da diva Leny Andrade. O escritor Ruy Castro escreveu sobre o disco: “Não é um grupo vocal, mas uma constelação – que às vezes explode e ilumina toda a cena musical. Os Cariocas são assim”. Cresci ouvindo o som mágico de “Os Cariocas” e, para mim, ouvi-los cantar é sempre um grande prazer, uma grande emoção, que faz bater mais forte o coração.

Postado em: 28/10/2013

 


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