Legends Of Jazz Ramsey Lewis

Legends Of Jazz Ramsey Lewis
A série de TV americana “Legends Of Jazz”, apresentada pelo experiente pianista  Ramsey Lewis é simplesmente sensacional.
São treze episódios, divididos em três DVD`S e hoje vou destacar o “Showcase” que reúne os melhores momentos de todas as temporadas do programa e que foi lançado na versão DVD/CD no ano de 2006 pelo selo LRS Media, com muita música de qualidade.
O programa contava também com entrevistas intimistas e “performances” exclusivas dos grandes nomes do Jazz destes últimos quarenta anos ao lado dos músicos mais atuais. Um mistura de tradição e vanguarda de forma muito bem equilibrada.
Outro detalhe que me chamou a atenção foi a belíssima cenografia do estúdio onde os programas foram gravados, incluindo uma iluminação bem diferenciada e um áudio original de primeira linha. Atmosfera perfeita.
Nascido e radicado até hoje na cidade americana e extremamente musical, Chicago, Ramsey Lewis é um dos pianistas mais tradicionais da história do Jazz, com mais de oitenta álbuns lançados na sua vitoriosa carreira e sem dúvida, esta passagem pela televisão ajudou a consolidar sua obra musical. Merecida referência.
Em “Showcase” meus destaques vão para o raro encontro entre os cantores Al Jarreau e Kurt Elling, interpretando em puro improviso o hino do Jazz “Take Five”, o trompetista meteórico Chris Botti com uma bela interpretação da balada “My Funny Valentine”, o inusitado encontro dos saxofonistas David Sanborn e Phill Woods em “Señor Blues”, os blueseiros Robert Cray e Keb` Mo` em “12 Year Old Boy”, o lendário saxofonista Benny Golson em “Killer Joe” (que me fez emocionar e lembrar do filme O Terminal com Tom Hanks na cena final do filme onde ele consegue o último autógrafo que faltava), também o nosso brasileiro Ivan Lins em “The Island” e o duo de voz e guitarra com a bela Jane Monheit e John Pizzarelli em “They Can’t Take That Away From Me”. O patrono do programa Ramsew Lewis encerra com a inspirada “Dear Lord”.
A versão em CD reproduz fielmente todas as treze faixas e pode ser curtida no carro ou em casa somente com o áudio. A produção ficou por conta do competente Larry Rosen, um dos criadores do selo GRP, onde teve a rara oportunidade de dirigir um time de músicos de altíssimo nível. 
Um raro exemplo para se ver e ouvir o melhor do Jazz e Blues. Som e imagem de primeira linha. Como o Jazz merece e agradece.

 

Ivan Lins – Love Songs – A Quem Me Faz Feliz
 
Depois de Antonio Carlos Jobim, considero a obra musical de Ivan Lins como a mais abrangente e interessante da nossa MPB. Talentoso e inspirado músico ele é um dos artistas mais gravados e cultuados por aqui e também fora do país. Que o digam Quincy Jones, George Benson, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Carmen Mcrae e Barbra Streisand.
Em 2002 lançou pelo selo Abril Music o belo disco “Love Songs – A Quem Me Faz Feliz”. O Próprio título já denuncia um trabalho romântico e que teve a participação de diversos convidados especiais. Seguiu com muita inspiração o trabalho anterior “Jobininado” do ano de 2001.
O disco faz uma homenagem a sua terra natal, o Rio de Janeiro, novamente ao seu grande ídolo Jobim e como surpresa trouxe vários temas internacionais conhecidos, que foram gravados numa levada bossanovista, que a mim muito surpreendeu.
Destaque para os temas românticos “Lua do Arpoador” uma bossa nova na veia, a faixa título “A Quem Me Faz Feliz” e “Insensatez” numa versão de arrepiar. E mais “Love Dance” contando com a luxuosa participação da cantora Jane Monheit, “Love” que surpreendente e é de John Lennon, “My Cherrie Amour” numa versão brasileira “Só Para Ganhar Você” que com certeza agradou Stevie Wonder, “Plus Fort Que Nous” numa versão emocionante que contou com a participação de Wanda Sá. E encerrando os destaques, “Ti Amo” numa versão italiana, “All The Things You Are”, um dos Standards favoritos de Ivan Lins e “Esta Tarde Vi llover” obra prima do mexicano Manzanero que teve o toque especial de Roberto Menescal.
A banda que o acompanhou foi composta por Zé Carlos no violão, Téo Lima na bateria, Marco Brito no piano e teclados, Nema Antunes no contrabaixo, Armando Marçal na percussão, Tavinho Menezes na guitarra, Jessé Sadoc no trompete e flugelhorn, Danilo Caymmi nas flautas, além de vários convidados especiais.
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Frank Sinatra – L.A. Is My Lady

O lendário cantor Frank Sinatra, conhecido carinhosamente como “a voz”, gravou em 1984 o seu último disco solo de estúdio, que foi produzido e dirigido pelo competentíssimo Quincy Jones. 
Quincy ainda reverberava o sucesso estrondoso de “Thriller” de Michael Jackson, que também participou das gravações deste disco, e com muita competência e genialidade lançou pelo seu selo Qwest/Warner Bros, aquele que considero o meu álbum favorito de Sinatra.
Na época, seus fãs mais radicais ficaram surpresos com a iniciativa, porém a crítica especializada e o público mais jovem absorveram bem a idéia mais popular do projeto. Simplesmente mais de sessenta músicos e mais de vinte profissionais de produção participaram deste ousado trabalho. Um vídeo mostrando os bastidores da gravação,  que recebeu a visita de vários artistas, foi lançado no formato Vídeo Laser e hoje tornou-se raridade.
Além de Jackson cito alguns nomes de peso do elenco: George Benson, Frank Foster, Frank Wess, Lionel Hampton, Ray Brown, Major Holley, Steve Gadd, Bob James entre tantos outros.
Das onze faixas destaco os temas “L.A. Is My Lady”, faixa título que teve uma introdução da guitarra de Benson de tirar o fôlego,  as baladas “How Do You Keep The Music Playing”, “Teach Me Tonight” e “Stormy Weather” e mais as sensacionais “The Best Of Everything”, “After You`vê Gone” e “Mack The Knife”, que virou uma verdadeira apoteose.
Que orquestra, que seleção de músicos, que arranjos, que repertório. Para mim, nota dez com louvor.
 
 

Postado em: 13/08/2012

 


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