DICK FARNEY – PIANISTA E CANTOR DO JAZZ

DICK FARNEY – PIANISTA E CANTOR DO JAZZ

DICK FARNEY – PIANISTA E CANTOR DO JAZZ

Resolvi esta semana homenagear um dos meus pianistas e cantores preferidos: Seu nome: Dick Farney, que durante mais de três décadas encantou e emocionou com a sua música. 
Tive a honra de assisti-lo ao vivo num espaço intimista em São Paulo, alguns anos antes do seu falecimento ocorrido no em 1987, num convite do meu querido amigo de mais de 30 anos, José Mario Paranhos do Rio Branco. Um show inesquecível e marcante para mim. 
Dick marcou sua carreira como um excepcional pianista de Jazz, principalmente influenciado por Dave Brubeck. Desde pequeno ouvia os pianistas Fats Waller, Art Tatum, Teddy Wilson, Nat King Cole, Bill Evans e George Shearing e a música clássica de Bach, Chopin e Rachmaninoff, todos apresentados pelo seu Pai, que também era pianista. 
Outra referência muito importante para ele é o cantor e ator Bing Crosby, considerado um dos cantores mais populares do Século XX. Também marcou sua carreira cantando (e muito bem), sendo comparado a Frank Sinatra. 
E por esta comparação foi fundado aqui no Brasil o Sinatra- Farney Fan Club na década de 50, que reuniu muitos jovens e músicos talentosos Esteve nos Estados Unidos, foi um dos pioneiros da Bossa Nova e passeou pela MPB. “Copacabana”, “Este Seu Olhar”, “Teresa da Praia”, “Alguém Como Tu”, “Teresa Da Praia”, “Marina”, “Noturno em São Paulo” que dizia em sua letra inesquecível “Na cordilheira da Paulista o relógio do Itaú me diz, que eu estou a 15 graus de ser feliz”e “Aeromoça” feita em homenagem a sua mulher e parceira Zean –  e também “Tenderly”, “Nature Boy” e “Satin Doll” são as minhas preferidas do seu repertório de tantas outras belezas que foram eternizadas por ele. 
Seus amigos mais próximos o consideravam um homem sensível, generoso, equilibrado e fiel aos seus princípios e ideais. 
E para aqueles que não sabem, Dick também foi um arquiteto talentoso e um pintor de mão cheia. 
Curtam ou descubram Dick Farney – um “baita” pianista e cantor que deixou muitas saudades. 

 

 

Milton Nascimento & Jobim Trio - “Novas Bossas”

Este CD é uma prova de que a Bossa Nova não parou no tempo e no espaço. Se atualizou e continua muito bem, obrigado. 
Lançado em 2008 pelo selo EMI, o CD “Novas Bossas” reuniu o cantor Milton Nascimento com o Jobim Trio, formado por Paulo e Daniel Jobim, pelo baterista Paulo Braga e tendo como convidado especial, o contrabaixista Rodrigo Villa. A ideia de gravarem juntos nasceu um ano antes, em 2007, quando eles se encontraram para recordar Antonio Carlos Jobim, que faria na época 80 anos. Foram selecionados 14 temas do repertório da Bossa Nova (algumas conhecidas de Tom, Vinícius e Caymmi) e também algumas composições de Milton Nascimento, como: “Tudo que Você Podia Ser”, “Cais” e “Tarde”, e mais o tema inédito, “Dias Azuis”, de autoria de Daniel Jobim. 
De formato bastante intimista, o CD foi gravado integralmente no estúdio localizado na casa de Milton Nascimento, conhecido como Bituca`s Studio. 
A parceria musical foi perfeita e o resultado pode ser medido quando escutamos as faixas do disco. 
Observo que quando Milton canta uma canção, parece que ele a renova, mesmo que ela tenha sido executada por diversas vezes. 
A sonoridade apresentada neste trabalho reforça a renovação que a Bossa Nova ganhou dos seus intérpretes atuais, mesmo depois de 58 anos, muito bem vividos, diga-se de passagem. 
A própria voz de Milton Nascimento incorporada neste trabalho é uma prova desta atualização natural.  

 

 

Emilio Santiago – “Bossa Nova”

Considero o cantor Emílio Santiago como um dos meus favoritos. Sou fascinado pelo seu timbre de voz e pela sua interpretação, sempre muito marcantes. 
Em sua carreira lançou diversos discos maravilhosos e muito importantes, e este “Bossa Nova” do ano de 2000 para o selo Sony Music, é um marco para mim. Um trabalho de extrema elegância, completo e cheio de convidados de peso. 
Destaque para os geniais Cristovão Bastos, Leandro Braga, Jota Moraes, João Donato  e Marcos Valle nos arranjos e pianos, João Lyra no violão e o surpreendente Vittor Santos no trombone, além de uma afinada orquestra de cordas, que deram um colorido musical todo especial ao trabalho. 
Emílio Santiago gravou quase tudo da nossa MPB e até vários boleros inesquecíveis, mostrando todo seu talento e versatilidade.  
Este trabalho marcou pela primeira vez, a gravação de um disco com repertório específico de Bossa Nova. Não tinha como dar errado. 
Bossas tradicionais, algumas menos conhecidas e algumas mais novas compuseram as canções escolhidas. 
 
 
Destaco os clássicos “Corcovado”, “Garota de Ipanema”, “Insensatez” e “Rio”, que não poderiam faltar. Merecem também destaque as mais recentes, “Doce Viver” e “Bateu para Trás”, que são de arrepiar. 
O formato deu tão certo que ganhou também uma versão em DVD, em um show repleto de glamour gravado ao vivo no Copacabana Palace, ao lado de diversos convidados, a maioria deles, que participou das gravações em estúdio. 
Um grande marco em sua vitoriosa carreira. E é impressionante constatar a grande falta que ele faz nos dias de hoje. Sua voz é insubstituível.

 

 


Postado em: 05/06/2017

 


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