Bossa Sempre Nova

Bossa Sempre Nova

 

Para aqueles que dizem que a Bossa Nova é coisa do passado aí vai um recado: ela está mais nova e atualizada do que nunca. 
Ela completou em 2009, 50 anos de vida, depois do lançamento do disco “Chega de Saudade” de João Gilberto no ano de 1959.
Óbvio que não podemos nos esquecer das suas raízes, influências e dos seus principais expoentes, deste período da nossa música que considero um dos mais inspirados de todos os tempos.
Ela foi trilha sonora de um momento de ebulição cultural, política e social do nosso país. Muito mais do que uma simples mistura entre o samba e o jazz, de uma nova e contagiante batida ou até um jeito diferente de cantar.
A Bossa Nova teve a coragem de se atualizar. A Bossa atual e contemporânea está mais conectada ao jazz, ao pop e outros gêneros mais eletrônicos.
Esta nova fase traz a releitura e composições dos novos “caras” e também a ativa participação daqueles “caras” mais conhecidos, que deram uma nova roupagem as suas tradicionais composições, se permitindo a novos caminhos musicais.
Os novos “caras” mais atuantes: Celso Fonseca, Mario Adnet, Paulo e Daniel Jobim, Jaques e Paula Morelenbaun, Bossacucanova, Lisa Ono, Joyce Moreno, Cris Delanno entre outros. 
O “caras” mais tradicionais: Marcos Valle, Carlos Lyra, Roberto Menescal, João Donato, Sérgio Mendes, Os Cariocas, Pery Ribeiro, Leny Andrade e tantos mais.
Até os “forasteiros” se atreveram a visitar a Bossa com muita competência: John Pizzarelli, Diana Krall, Harry Allen, Til Bronner, Paquito D’Rivera e por aí afora.
A Bossa Nova sempre se renova. É para sempre. É sempre nova.

 

Marcos Valle e Celso Fonseca – Nova Bossa Nova.

Em 2009 foi lançado pelo selo Biscoito Fino um dos discos mais saborosos do período da Bossa Sempre Nova.
“Página Central” reuniu o piloto experiente Marcos Valle (teclados,piano e voz) e o co-piloto Celso Fonseca (guitarra, violão e voz) para um Cd de repertório absolutamente inédito em 12 parcerias da dupla, com temas instrumentais e canções.
Um mistura bem temperada de Bossa, Samba, Soul e Pop, que possibilitaram altos vôos musicais.
Os temas instrumentais são muito inspirados e nota 10 para o grupo de base, vocalises, naipe de sopros, orquestra de cordas e todos os demais tripulantes.
Valle e Fonseca fizeram um disco acima da média.A parceria deu tão certo que os dois já pensam em voltar a compor juntos.
Tudo começou quando Ronaldo Bastos fez um disco com Celso e presenteou Marcos. Ele gostou tanto do que ouviu que convidou Celso para dividir com ele alguns shows pelo Brasil e pela Europa. Estava consolidada a amizade.
E o detalhe mais curioso deste trabalho é que em apenas 2 dias, o repertório estava composto e completo. Uma parceria rápida e fulminante.
A música tem esse raro poder.
Tomara que eles retornem logo ao estúdio para registro das novas composições. Nossos ouvidos agradecem.
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“Os Bossa Nova” – Um encontro de feras.

Em Dezembro de 2008 foi lançado também pelo Selo Biscoito Fino o Cd “Os Bossa Nova” que reuniu simplesmente os gigantes Carlos Lyra, Roberto Menescal, Marcos Valle e João Donato em 14 faixas, algumas (poucas) inéditas e outras (muito) tradicionais.Uma reunião inédita.
O clima do disco não poderia ser outro, o encontro de velhos e bons amigos, numa verdadeira “jam session”,  com muito improviso e criatividade.
A alegria e descontração são marcas fortes em todas as faixas do disco e é bom destacar que o repertório escolhido fugiu do óbvio (aspecto bem bacana), trazendo até algumas faixas instrumentais. 
A letra do tema que encerra o álbum “Bossa entre Amigos”, diz tudo: “Estamos entre amigos/ O que é muito bom/ Fica mais gostoso/ De fazer esse som/.
Que eles também pensem logo numa próxima vez !!!

Postado em: 29/11/2011

 


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